segunda-feira, julho 26

antropografia







8 comentários:

  1. O Seio da vida
    O Seio do prazer
    O Seio da mãe
    O Seio da mulher
    O Seio do amor
    O Seio da satisfação
    O Seio da fartura
    No Seio de nós
    Na curva sinuosa
    No bojo da vela enfunada
    Só "seio" que nada "seio"

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  2. Meus olhos brilham ao fitar teu corpo nu.
    Não piscam, hipnotizados
    Meu nariz sente o teu perfume
    Cheiro de cio que não se explica
    Minha boca quer te alcançar
    E segue em tua direção
    Guiada pelo cheiro e pelos olhos vidrados
    É vencida pelas mãos,
    mais ágeis e mais longas
    Ajudadas pelos braços, agora arrepiados
    Tateiam teu corpo como cegas que são
    tentam descobrir teus segredos de sedução
    Finalmente chega a boca, reforçando essa blitz
    Os lábios se esfregam como limpador no pára-brisa
    E só conseguem murmurar um gemido

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  3. Vem a língua salvadora
    detentora de uma arma poderosa: o paladar.
    É no sabor de teu corpo que se esconde o segredo
    A área de exploração é grande
    E a língua se perde. Não sabe nem onde começar.
    Os olhos, agora paralisados, completamente dominados
    pelos teus seios que de bicos rígidos
    apontavam acusadores para eles
    Meus olhos, fugindo do ataque,
    Mergulham e encontram teus pés.
    Eis a chave de todos os segredos.
    Agora, estrategicamente em condições de igualdade,
    Começa a Grande Luta
    Minhas mãos seguram teus pés pelos calcanhares
    Meus lábio beijam a sola dos pés

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  4. A língua dança entre os dedinhos
    Identificando os primeiros sabores
    O nariz dita o ritmo frenético da respiração
    Os dentes, finalmente, se manifestam
    E mordem o dorso do pé
    Provocando o primeiro gemido
    Tu cais na cama, desabando como Golias
    E a batalha apenas no começo.
    Tuas pernas são as pontes desguarnecidas
    Que levam aos magníficos joelhos
    E eu as percorro com meu exército armado
    Meus Olhos, nariz, lábios, língua e dentes
    Varrem devastadoramente aquelas pontes indefensáveis
    Surgem eles, os joelhos, os magníficos.
    Senhor de mim, os ataco ferozmente

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  5. Um recebe minha língua como uma cria recém-nascida
    No outro fica a marca de minha Arcádia dentária
    Outro gemido arrancado
    Mais um sinal que minha vitória marchava
    Nas coxas foi travada a mais exaustiva batalha
    Cada ponto de arrepio nelas encontrado
    Era fonte de resistência
    Mesmo eu vencendo a batalha
    Relutava pra não sair do campo
    A forte defesa das coxas se justificava
    Pois guardavam a fonte da vida
    O poço dos desejos,
    O troféu dos vencedores
    A visão era esplendorosa
    Marcando o lugar e primeiro a ser visto,

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  6. O Monte de Vênus era o Jardim do Éden
    A proximidade daquela obra de arte
    Depois dos olhos, deixou o nariz fazer a primeira identificação
    Seu olor nas narinas quase faz elas falar de prazer
    As mãos passam suaves pelo Monte,
    Fazendo apenas os dedos o tocarem
    Chegam os lábios para sentirem a umidade
    Mas são afastados pela língua
    Desta vez os dentes não se atrevem a nenhuma ação
    Respeitam a língua que trabalha incansavelmente
    Em busca dos sabores da vida
    É arrancado mais um gemido. Longo e alto
    É a rendição que se aproxima.
    Próxima etapa: O ventre. A luta mais fácil.
    É em campo aberto, pontilhado apenas pelo arrepio.

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  7. É a vez dos lábios terem mais trabalho,
    Beijando cada centímetro daquele belo deserto.
    A língua só é chamada a atuar quando mergulha
    Surpreendentemente no umbigo, O Oásis.
    Mais um gemido arrancado! Fraco, sem força. No fim...
    Teimosa, a língua não quer sair de lá.
    Os olhos revistam os seios de onde fugiram anteriormente.
    A língua é rapidamente recolhida do Oásis
    E junto com os lábios e o nariz partem com decisão ao ataque.
    Todos param indecisos onde atacar primeiro.
    À direita! Parece ser mais gostoso.
    Não. À esquerda parece ser mais delicioso.
    As mãos que não pensam atingem velozmente seus objetivos:
    Os dois. Ao mesmo tempo. Alternando força e suavidade.
    Após algum tempo, segura-os firmemente, como se eles fossem fugir.

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  8. Dando a oportunidade da boca, ora num ora noutro, envolvê-los
    Com paixão e desejo, parecendo famintos à frente da alimentação.
    Mais um gemido. Mais uma entrega.
    Finalmente o elo que liga o amor ao sexo: Sua boca!
    Dominada pelo desejo desenfreado,
    Usando murmúrios ao invés de palavras, gemidos, ao invés de gritos
    Suplicava pela minha, para a complementação dos atos.
    Nessa agressão mútua, necessária e desejada,
    Foi apresentado Davi, que num só golpe baixo, abaixo,
    Venceu definitivamente Golias.
    Quando a luta parecia acabada...
    Você virou debruço!

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